Olá amigos do Diário de Rua!! Nessa semana tivemos uma incrível surpresa, uma empresa fabricante de sapatos femininos, ao ouvir de um dos membros da equipe do Diário contar sobre nosso trabalho, disse que havia feito um propósito com Deus que se conseguisse a resolução de um problema dele, ele doaria mais de mil pares de sapatos novos da sua loja para entidades que necessitem doar ou vender em bazares para reverter a renda para seus trabalhos sociais. Ele alcançou a resolução do seu problema e cumpriu com sua promessa começou a doar os sapatos a varias entidades.Pra nossa surpresa ele nos ofereceu mais de 100 pares e quando fomos buscar ele acabou nos doando 204 pares de sapatos femininos novos na caixa. Graças a Deus!!! Ficamos muito felizes pois poderemos realizar um bazar para vender os sapatos a um preço bem popular para as pessoas poderem comprar um sapato novo com preço bem menor e ainda ajudar os moradores de rua. Nosso bazar deve acontecer nos próximos dias na Igreja do Evangelho Quandrangular Eldorado I, assim que definirmos a data divulgaremos aqui no Blog. Muito obrigada à todos que continuam doando, nos ajudando com alimentos e muitos que oram por nós e pelos nossos irmãos da rua.O Diário de hoje foi muito bonito de relatar, pudemos sentir uma atmosfera espiritual muito boa no contato com eles, nossos irmãos puderam falar muito do amor de Deus e puderam ouvir relatos de alguns muito emocionantes e dificeis, histórias que realmente nos fazem refletir muito na vida. Nosso irmão Rodrigo é quem relata o trabalho dessa segunda-feira, tenham todos uma ótima leitura e que possa impactar sua vida e leva-lo a uma grande reflexão. Vocês podem ajuda-los, orem por eles, peçam a Deus que consiga faze-los entender que podem sair dessa situação e que conheçam o amor de Deus que salva.
Musi S. Cardoso
Como de costume, chegamos na casa do Cláudio, nossa sede do Diário de Rua as 20h. A comida já estava pronta, preparada com todo amor por nossas dedicadas mulheres (Dona Olga, Rose, Musi, Michelli e Rosiane). O Cardápio contou com uma delicíosa feijoada, arroz, couve, farofa, mandioca com vinagrete, suco, banana, pão com margarina, café e paçoquinha (doada pela nossa irmã e grande amiga cozinheira Nezinha).Jantamos, oramos e antes de sairmos separamos algumas doações de blusas, camisas e cobertores que ganhamos para levar. Saímos então pra rua por volta da 21h com 15 marmitas e no caminho passamos na casa do nosso irmão José de Brito que tinha cobertores para doar também.Graças a Deus todos continuam doando muitas roupas e cobertores. Tudo pronto então fomos rumo à alimentar nossos irmãos da rua. Ficamos sabendo que haviam algumas pessoas dormindo perto de um carrinho de lanche próximo ao campo de futebol do Teixerão, fomos até lá mais não encontramos niguém. Seguimos então para a Praça Dom José Marcondes (centro da cidade) lá encontramos o Sr Joel com o seu carrinho, depois chegou por lá o Adauto de Pernambuco e a Sra Maria de Jundiaí, moradores de rua que ainda não haviamos conhecido, estava lá também o Urbano, que dessa vez não estava embriagado pois tinha saído do hospital onde ficou internado por 7 dias. Ali na praça também encontramos o Washington que veio de São Paulo, ele estava empregado trabalhando de garçom mais infelizmente agora está desempregado e na rua. Conhecemos também uma senhora que se chama Nair ela nos emocionou bastante, pedi a ela que nos contasse um pouco da sua história do porque estava na rua, ela largou a marmita na hora que eu fiz esse pedido e disse "agora perdi até a fome" então eu perguntei o porque, e ela continuou dizendo que nós nem imaginavamos o tanto que ela já havia sofrido na vida. Ela então nos relatou: "Minha própria irmã deu veneno para mim e meu marido, nós dois fomos internados e desde de então nunca mais tive notícias do meu marido, eu tenho um filho o nome dele é Carlos ele trabalha numa empresa de ônibus da cidade mais ele não gosta de mim, aquela mesma irmã que contei que tentou me envenenar colocou ele contra mim.Tenho também um irmão que mora no Rio de Janeiro, já faz 20 anos que não o vejo ele nem sabe que estou morando na rua. Eu não morava de aluguel na Boa Vista (um bairro da cidade de S.J Rio Preto)mais perdemos tudo e agora estou aqui na rua sofrendo" . Esse foi o relato da Dona Nair que começou a ficar muito sensibilizada, triste nos contando sua história e então eu e o Paulo resolvemos interromper e deixa-la se acalmar e jantar em paz. Encontramos então um dos nossos irmãos morador lá do Pontilhão Jordão Reis (Pedra) carregando um caixote de engraxate, ele assobiou e nos fez sinal para deixarmos uma marmita para ele. Depois da praça fomos então para a avenida Bady Bassit tentar encontrar também o Paulista, mais não o achamos, paramos na marquize de uma loja e lá estava o Carlão e companhia, o seu Luiz que também estava lá desta vez ficou sem marmita, perguntei a ele qual era sua idade e ele me disse "07/07/1943" então ele pegou pão,banana, paçoca e saiu triste porque ele gosta muito da nossa comida, segundo ele nossa comida é a melhor. Saímos de lá da avenida e fomos procurar o sr Antonio e ficamos sabendo por outros moradores que ele estava na praça da Fepasa, fomos então pra lá. Chegando lá encontramos o Sr Antonio, o Carlos e o Aparecido, conversamos bastante com eles o Cláudio teve a oportunidade de ler a Bíblia pra eles e depois presenteou o Aparecido com a Bíblia. Tivemos alí um momento muito gostoso conversamos bastante, o Paulo fez uma oração abençoada e então fomos embora com a grande alegria de poder compartilhar o amor de Deus com as pessoas que tanto precisam conhece-lo. No caminho de volta pra casa paramos em baixo de um pontilhão onde havia uma pessoa dormindo e o Cláudio desceu do carro e levou pão e banana para ele. Seguimos então o caminho para casa e terminamos o trabalho de volta na casa do Cláudio felizes com mais uma noite maravilhosa de trabalho do Diário de Rua. Fiquem com Deus e orem pelos nossos irmãos que hoje estão na rua, mais com certeza contaremos aqui nesse blog a história de muitos que conseguiram vencer essa fase e reconstruir suas vidas e suas famílias. Grande abraço à todos de toda equipe do Diário.
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